Prever tendências e identificar inovações dentro de uma empresa muitas vezes torna-se segundo plano em meio a grandes metas e cobranças diárias. O cool hunter é o profissional curioso, pesquisador e é uma pessoa com sensibilidade para anteceder movimentos que irão acontecer no futuro ou percepção para analisar movimentos que estão acontecendo no presente.
Profissional cada vez mais importante no mercado de trabalho, o cool hunter é posicionado geralmente em empresas de pesquisa, em departamentos de desenvolvimento de produtos ou em planejamento de agências de propaganda. “O termo ‘cool‘ é pra mim um termo banalizado. ‘Cool’ é uma tendência mais corriqueira, que vem e vai logo embora. No mercado, o melhor seria chamarmos esse profissional de pesquisador de tendências ou trend designer, até para diferenciá-lo de pessoas sem experiência no ramo”, explica Marina Bortoluzzi, especialista em inovação.
Este profissional prevê tendências pelo acompanhamento do passado, do presente e do futuro, pelo cruzamento de movimentos e pelas mudanças bruscas de comportamento e de mercado. O desk research ou pesquisa preliminar é a metodologia mais usada, a pesquisa na Internet e as ferramentas e os filtros de busca. “Além disso, artigos, livros, revistas, presença em feiras e palestras, e observação em campo, por exemplo, nas ruas, são sempre bem-vindas. Analisar outros portais de tendências também é um parâmetro interessante” enfatiza Marina.
Habilidades de um cool hunter
Para Carolina Gauche, designer de moda, stylist e produtora de moda, o cool hunter pesquisa muito: “Não só o factual, que acontece hoje, mas uma pesquisa completa sobre o que aconteceu e o que acontece no mundo hoje. Por exemplo, durante a 2a Guerra Mundial, com o racionamento de tecido, as roupas ficaram com as modelagens mais sequinhas. Então, o cool hunter tem que conhecer profundamente a história, a política, a sociedade, a indústria para desvendar o que pode ser ou virar tendência”.
Poucas são as empresas que têm um cool hunter. Elas geralmente contratam outras empresas, que são agências de tendências, que por sua vez fornecem pesquisas dos cool hunters. “É um serviço caro, porém muito conceituado. As melhores empresas têm essas assinaturas. Vale destacar que todos os profissionais de cool hunter estão no mesmo meio, no mesmo mercado, e por isso se respeitam muito”, exalta Carolina.
Quanto a necessidade das empresas de possuírem este tipo de profissional, a estilista e editora de Conteúdo do site Profissão Moda, Ivna Macedo , conta que é muito importante as empresas de criação investirem nesse tipo de profissional, pois eles irão trazer ideias inovadoras e olhares inusitados de situações que podem vir a se tornar diferenciais estratégicos no mercado.
“Além disso, é interessante que o profissional que atua nessa área não atue em outras áreas, como no setor de criação da empresa, por exemplo. O profissional de cool hunter precisa ter um olhar puro e que não seja contaminado com as situação diárias para poder trazer o diferencial para seu ambiente de trabalho”, resumi Ivna Macedo.
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