Aviador, piloto de rally, professor, empresário, escritor e palestrante. Sady Bordin, especialista em Marketing Pessoal, atua em diversos campos e mostra para o Carreira & Sucesso como estar presente em todos estes universos auxilia em sua ampla carreira.
Após um longo período como empresário e professor de Mídia e Marketing da PUC-Curitiba, Bordin resolveu largar tudo para realizar um sonho de infância: virar piloto de linha aérea. Desde 1998, atua na Aviação, e desde este período também vem se aprofundando no tema Marketing Pessoal, onde escreveu um livro com grande sucesso em território nacional.
Boa leitura!
Você é piloto de avião de ofício em uma empresa de linhas aéreas. Como foi abandonar tudo para seguir seu sonho?
Tudo está ligado à paixão. Acho que não dá pra dissociar trabalho de paixão, e acredito que é um erro que as pessoas cometem. Muitos seguem a carreira do pai, ou vão em busca de dinheiro e glamour, mas, na verdade, quase sempre fica um vazio existencial.
Muitas pessoas me procuram para orientação de como se tornar piloto. São indivíduos de mais de 40 anos, que fizeram determinada carreira, mas ficou aquele vazio do sonho que não foi realizado.
Eu era empresário e professor universitário na década de 90, mas não estava satisfeito. Sempre gostei de avião, e decidi abandonar tudo e viajar para os Estados Unidos, onde fiz diversos cursos na área de Aviação. No retorno ao Brasil, fui admitido na Interbrasil Star (extinta companhia aérea regional de propriedade da falecida Transbrasil Linhas Aéreas) como co-piloto de Brasília.
Você é o fundador do Instituto Brasileiro de Marketing Pessoal (Ibramap). Por que resolveu focar a carreira também neste tema?
O MP surgiu na minha vida em 1995. Na época, eu era professor de Marketing e Mídia na PUC-Curitiba, e fiquei sabendo que a universidade tinha uma editora que editava livros sem custo para professores. Sempre tive a vontade de escrever um livro e, baseado nas minhas aulas, resolvi focar no assunto.
Comecei a observar que muita gente talentosa no mercado de trabalho não consegue ascender, não por conhecimento técnico, mas sim por não saber se promover. É comum vermos nas empresas profissionais competentes que não alcançaram postos importantes por causa da falta de Marketing Pessoal. Grande parte dos indivíduos não sabem “se vender” para as organizações e para a sociedade como um todo.
Como sua experiência como aviador influencia na carreira como especialista em marketing pessoal?
Foi graças ao MP que consegui muitas coisas na minha vida, e uma delas foi a Aviação. Consegui entrar na área graças à minha rede de contatos, fator importante neste sentido.
Quais as dicas fundamentais para manter uma imagem positiva?
A cada dia é provado que, nós, profissionais, não somos donos dos nossos próprios narizes. Não podemos falar aquilo que bem entendemos, pois o universo empresarial muda muito, e o profissional pode atuar em uma empresa que nunca se imaginou trabalhando, por exemplo. Um funcionário que é demitido ou pede o desligamento, e depois sai falando mal da empresa, pode fechar diversas portas.
O respeito ao próximo também é fundamental para manter uma imagem positiva. Me lembro de um caso de uma companhia aérea, onde um comandante destratou uma funcionária que trabalhava no check-in de uma outra companhia que cultivava um acordo mútuo de viagens grátis a colaboradores. Por conta deste episódio, o acordo correu o risco de ser quebrado, e os outros profissionais, que não tinham nada a ver com a história, poderiam sair prejudicados. No fim, o comandante foi demitido por conta da falta de polidez.
E o livro? Por que decidiu escrevê-lo?
Antes de produzir a obra “Marketing Pessoal – 100 dicas para valorizar sua imagem”, eu já publicava artigos em jornais e tinha uma coluna semanal em um jornal de Curitiba. O livro foi escrito em quatro meses e caiu no gosto de três editoras. Fechei contrato com a Record, e no mês seguinte ao lançamento, estávamos no ranking dos mais vendidos da revista Exame. Depois lancei mais duas vezes o livro com atualizações, pois os conceitos de MP vão mudando.
De que forma ocorrem estas mudanças?
A Internet é a maior influencia dessas alterações. Por exemplo, hoje a grande maioria das pessoas utiliza o Hotmail ou o Gmail para ter um endereço eletrônico. Porém, atualmente para um profissional ter um domínio próprio é muito barato! Principalmente para os alto executivos, recomendo que façam uso deste recurso para melhor se apresentarem ao mercado.
Outro uso incorreto da Web dentro das empresas é através de piadinhas de mal gosto em trocas de e-mails. Já vi demissões por justa causa por conta mensagens de cunho racista. Etiqueta empresarial é uma coisa básica, mas que muitos ainda pecam.
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