Achei o máximo quando vi esta reportagem no JN
Em Frassina, nas colinas da região da Toscana, experiência que começou com 12 caixas acústicas, hoje tem 80 e já apresenta os primeiros resultados científicos.
A previsão do tempo é sempre acompanhada com atenção pelos agricultores. As condições climáticas são fundamentais para eles, assim como a qualidade do solo. Mas os correspondentes Ilze Scamparini e Maurizio Della Costanza mostram que um produtor da Itália descobriu mais um fator importante no cultivo de uvas.
O que parecia uma intuição romântica tornou-se um método vitorioso. Em Frassina, nas colinas da região da Toscana, onde se produz um dos vinhos mais famosos do mundo, o Brunello di Montalcino, a plantação de uvas reage muito bem ao repertório clássico de Mozart. O homem que sonorizou o campo, Giancarlo Cignozzi, deixou a profissão de advogado há 12 anos.
“Foi depois de uma viagem à Amazônia, quando um pajé disse que a minha vida seria feita de vinho e música”, ele conta.
Os vinhedos crescem com a música de Mozart durante 24 horas por dia. As composições escolhidas usam sempre os mesmos instrumentos: cordas e piano. As óperas e as grandes orquestras foram excluídas para não estressar as plantas. A experiência, que começou com 12 caixas acústicas, hoje tem 80 e já apresenta os primeiros resultados científicos.
Um engenheiro agrônomo afirma que a música ajuda a afastar insetos ou parasitas. O professor Stefano Mancuso, pesquisador da inteligência das plantas na Universidade de Florença, explica que a vibração da música estimula a produção de polifenóis, substâncias responsáveis pelo gosto agradável, e que dão ao vinho aquela característica saudável se consumido em pequenas doses.
O produtor de 50 mil garrafas por ano acredita que o cultivo musical pode ser uma forma sustentável para o futuro, e que não faz diferença para os cachos ouvir uma sinfonia de Mozart ou um sambinha, desde que seja suave.
Fonte: Jornal Nacional
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