Por tratar-se de uma das articulações mais requeridas do nosso corpo, o joelho pode sofrer lesões com o uso excessivo
A dor ou desconforto no joelho frequentemente leva o paciente a procurar o consultório do ortopedista. Várias causas podem estar implicadas na sua origem; no entanto, as lesões musculoesqueléticas por excesso de atividades são as mais frequentes.
O joelho é formado por dois importantes ossos dos membros inferiores que são o fêmur e a tíbia. Essa junção é composta por duas articulações distintas: uma entre o fêmur e a tíbia, chamada de fêmoro-tibial e outra entre o fêmur e a patela, denominada fêmoro-patelar. O joelho é a maior articulação do corpo humano.
Além disso, a articulação do joelho também é formada por várias estruturas complexas compostas por ossos, ligamentos, tendões, músculos, nervos e vasos sanguíneos.
Para o bom funcionamento dessa articulação, nas atividades diárias e esportivas é preciso que todas essas estruturas trabalhem em harmonia. Essas complexas e variadas estruturas são extremamente sensíveis a pequenos problemas de alinhamento, atividades excessivas e erros de treinamento. Desequilíbrios musculares nessa região também podem originar articulações dolorosas.
A patela é um osso plano triangular, que está fixado por ligamentos e tendões à face anterior do joelho. Pessoas que apresentam desequilíbrios de força entre os músculos laterais e mediais da coxa e outras variações anatômicas favorecem a instabilidade e a lateralização da patela, tirando-a do “trilho”. O “joelho do corredor” ou síndrome patelo-femoral é uma perturbação em que a patela roça contra a extremidade inferior do fêmur quando o joelho se move. Essa síndrome é muito comum entre os corredores e causa muita dor.
Vários fatores podem estar associados à dor no joelho, como desequilíbrio dos músculos da coxa (quadríceps e isquiotibiais) que suportam a articulação do joelho, más formações congênitas e problemas relacionados a treinamentos inadequados.
O tratamento para esse tipo de dor pode ser simples, com repouso, bandagens, antiinflamatórios, fisioterapia, aplicação de compressas de gelo com intervalos determinados e até técnicas intervencionistas como aplicações locais de medicamentos.
No entanto, em casos mais graves, quando ocorre desgaste da cartilagem, por exemplo, uma intervenção cirúrgica pode ser necessária.
Um dos procedimentos indicados é o artroscópico minimamente invasivo, capaz de tratar os danos do interior de uma articulação com pouco dano muscular, menor dor na pele e menos cicatrizes.
— Com este tratamento, o paciente tem a parte posterior da patela nivelada, visando a diminuição da dor e aumento da qualidade de vida — explica o ortopedista José Fábio Santos Duarte Lana
Para evitar a Síndrome Patelo Femoral e preservar as articulações do joelho sem dor, o médico recomenda manter o bom condicionamento físico, alongamento antes de qualquer atividade e uso de calçado apropriado para corridas ou caminhadas.
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